quinta-feira, 27 de agosto de 2009

LUST photos& magazine



Apresento-vos, caros amigos e amigas, o meu rebento: a revista "LUST photos&magazine".

A "LUST photos&magazine" é uma publicação online de periodicidade irregular.

Fundada em Portimão, em Agosto de 2009, adopta uma postura observadora e interventiva perante o universo cultural e de entretenimento.

A nossa missão é promover espaços nocturnos e diurnos de entretenimento, tal como festas temáticas, festivais, concertos e inaugurações de exposições de Artes Plásticas. Iremos igualmente disponibilizar online, fotos dos eventos e seus convidados, acompanhadas de pequenas reportagens.

Espero que gostem, e que vos possamos proporcionar bons momentos!!!
Ainda temos o website em construção, mas podem visitar-nos no FACEBOOK.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Marioneta

Vou dormir. Os olhos pesam. A cabeça pesa. E mais não digo. Há coisas que se pensam mas não se dizem. Engulo as palavras. Rumino e rumino tudo até que se desapareça.

Cada pensamento e cada impulso é mastigado até que se transforme em nada. Quero controlar todos os meus pensamentos de uma vez, mas eles fogem-me em todas as direcções. Pretendo dizer toda a verdade e não consigo. Para isso, teria de escrever quatro ou cinco páginas simultaneamente, todas resultantes numa, e essa é a razão porque não consigo escrever como gostaria...

Flutuo novamente. Todos os factos, as palavras, todas as imagens, e os presságios me sobrevoam e troçam uns dos outros. O sonho! Sempre que pretendo traí-lo o sonho atravessa-me como o som de um sino gigante de cobre. Roça-me assim que abro os olhos humanos e procuro viver fora dele.

E as imagens... trazem a dissolução da alma no corpo como a ruptura do ácido-doce do orgasmo. São imagens que sacodem o sangue e formam inúteis vigilantes do espírito, desconfiados, face aos êxtases perigosos.

A realidade afogou-se e a fantasia sufocou cada uma das horas do dia. Reconstruo constantemente a imagem de uma coisa que perdi e que não posso esquecer, estou doente desta persistência de imagens, reflexos e espelhos. Sou uma mulher que por detrás das palavras mais sérias sorri sempre, troçando da minha própria intensidade.

Sorrio porque presto atenção ao outro e acredito no outro – talvez demasiado. Sou uma marioneta movida por dedos inexperientes, desmantelada, deslocada sem harmonia; um braço inerte, e outro remexendo-se à mesma altura.

É complicado resistir a um pensamento. É igualmente complicado, não sentir o que sinto. Tento enganar-me, tento abstrair-me do pensamento constante que me prende a ti.
Vou falar de amor. Pensar, querer-te. Quero-te. Só para falar de amor. Assim como o sol, o mar, coisas do amor. Falar do teu cheiro, que me quer, que me procura, e eu encontro-te. Falar de música, que diz dos teus olhos escurinhos como a noite.Quero-te. Num banco, numa praia, num jardim, num lugar comum, para envergonhar o mundo de tanta paixão. Vem comigo... pelo espaço sideral... prender as nebulosas que se formam neste instante... vem... com o teu sabor de açúcar queimado em redor da noite, sonhar perto do coração que não sabe como tocar-te.

Tenho saudades. Não falo contigo há 15 minutos. Isto é estar apaixonada não é?! Pois é. Isto é estar apaixonada. Queres que te explique como é? É isto tudo, mais pensar em ti durante o dia e sonhar contigo à noite. É desejar estar perto de ti a toda a hora e todo o momento. É adormecer e acordar contigo, mesmo sem lá estares. É sofrer por ti. Por não te ter, aqui, agora. É desejar que tu sintas uma décima parte daquilo que sinto.

A despejar....

Se eu própria me bastasse fugiria para sempre. Mas sou frágil como um grão de neve. Derreto-me com leves sussurros e a ternura estonteia-me. Sofro de constante abstinência de amor.

Sobre o que deveria escrever? Sobre sexo? Sim, eu penso muito nisso. Mesmo fazendo esforços para afastar esses pensamentos, essas imagens, essas impressões que queimam, perturbando a atenção, elas tomam conta de mim, do meu corpo e da minha alma, durante longos momentos.

Se estivesses aqui, agora mesmo, seguramente estaria a violar os botões da tua roupa com os meus dedos ansiosos para tocar o teu corpo, aquecê-los na tua pele e misturá-los com o teu cheiro.

Não devia ter-te deixado entrar assim na minha vida, não devia. Mas não pude evitar. Entraste em mim num assalto e foi doce não resistir. Agora quero expulsar-te e não consigo. Perdi-me em ti, por descuido. Por vezes julgo, enlouquecida, que nem sequer exististe. Fecho os olhos e faço por fixar uma só imagem na memória, um só movimento curto dos teus braços, um sorriso na tua cara, uma única palavra, boa ou má. A imagem escorrega, desfaz-se no centro ou nos cantos. Quanto mais tento, menos me escapa. Volto atrás e recomeço. O que me vem não é o mesmo. Não quero abrir os olhos para não ter que não te encontrar. Quando me encontraste não precisava de ti.

gira sol gira!


"Visita-me enquanto não envelheço
toma estas palavras cheias de medo e
surpreende-me com teu rosto de Modigliani suicidado
tenho uma varanda ampla cheia de malvas e o marulhar das
noites povoadas de peixes voadores
vem ver-me antes que a bruma contamine os alicerces
as pedras nacaradas deste vulcão a lava do desejo subindo à boca
sulfurosa dos espelhos vemantes que desperte em
mim o grito de alguma terna Jeanne Hébuterne
a paixão derrama-se quando tua ausência se prende às veias prontas
a esvaziarem-se do rubro ouro
perco-te no sono das marítimas paisagens
estas feridas de barro e quartzoos olhos escancarados para a infindável água
vem com teu sabor de açúcar queimado em redor da noite
sonhar perto do coração que não sabe como
tocar-te"

Berto, Al

E agora...

Passada a aventura da TVI, sim foi mto giro e tal e tal e tal...estou de férias!!! weeeeeeeeeeeeeee!!! finalmente de férias!

assim começaram, com carro avariado, muita tosse seca e fim-de-semana no alentejo! Supostamente iria para a Ilha do Farol...mas já nao vou, pelo menos por enquanto....
e como o "enquanto" está quase a acabar, provavelmente nao irei!! :(

sempre assim, quando posso, não consigo...estará escrito nas estrelas?!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vêm aí noites com chuva... de estrelas


Fenómeno habitual de Agosto

12.08.2009 - 11h38 PÚBLICO
Hoje à noite fuja da cidade e instale-se confortavelmente numa cadeira com vista para o céu. A habitual chuva de estrelas cadentes de Agosto vai atingir o seu pico e, no Ano Internacional de Astronomia, até a Lua quis ajudar a melhorar o espectáculo.

Dizem os especialistas que vai ser possível assistir à "queda" de uma estrela por minuto. Não é preciso nenhum equipamento especial para assistir às chamadas Perseidas (o fenómeno parece ser proveniente de um ponto no céu junto à constelação de Perseus), apenas alguma paciência para seguir o rasto brilhante que às vezes parece insistir em surgir no local para onde não estamos a olhar no momento. Faz parte do "jogo".

Todos os anos, no Verão, a Terra cruza a rota das poeiras deixadas pelo cometa Swift-Tuttle (nome dos seus descobridores, Lewis Swift e Horace Tuttle em 1862). Quando penetram na atmosfera terrestre, a 59 quilómetros por segundo, os grãos de poeira desintegram-se. O mesmo é dizer que, nessa altura, chovem estrelas.

Se as nuvens não fizerem uma cortina para o espectáculo, as condições serão favoráveis para ver a chuva de estrelas, até porque a Lua não deverá causar problemas, prevendo-se que, por volta da meia-noite, exiba o seu quarto minguante e uma iluminação a 58 por cento.

É importante também que, para garantir boa visibilidade, se proteja das luzes da cidade que ofuscam o rasto das estrelas. As melhores noites de Agosto, dizem os especialistas, são hoje e amanhã.

Assegurando um cenário adequado é possível registar na máquina fotográfica o momento mas, este ano, há quem prometa mais do que isso. No âmbito da comemoração do Ano Internacional de Astronomia, um grupo de astrónomos amadores no Reino Unido promete que vai "tweetar" a chuva de meteoritos. Querem uma participação em massa que se deve prolongar até amanhã.

Para acompanhar esta moderna forma de observação vá a twitter.com com e procure o termo #meteorwatch ou siga @newburyAS, @astronomy209uk.

things

I hate mankind, for I think myself one of the best of them, and I know how bad I am.

How sweet life would be If I could be free, from the sinner in me.

domingo, 9 de agosto de 2009

Have a Wonderfull Sunday...




...i'm leaving for work!

sábado, 8 de agosto de 2009

Perdi os Meus Fantásticos Castelos

Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!

Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Ilusão Perdida

Florida ilusão que em mim deixaste
a lentidão duma inquietude
vibrando em meu sentir tu juntaste
todos os sonhos da minha juventude.

Depois dum amargor tu afastaste-te,
e a princípio não percebi. Tu partiras
tal como chegaste uma tarde
para alentar meu coração mergulhado

na profundidade dum desencanto.
Depois perfumaste-te com meu pranto,
fiz-te doçura do meu coração,

agora tens aridez de nó,
um novo desencanto, árvore nua
que amanhã se tornará germinação.

Pablo Neruda, in 'Cadernos de Temuco'

Dorme Enquanto Eu Velo...

Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.

A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.

Dorme, dorme, dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

A Coragem de Seres Só

Uma arma de triunfo te dei, sobre todas as outras:
a coragem de seres só;
deixou de te afectar como argumento ou força esmagadora a alheia opinião,
as ligeiras correntes e os redemoinhos do mar;

rocha pequena, mas segura, sobre ti se hão-de erguer,
para que vençam a noite, as luzes salvadoras;
não te prendem os louvores dos que te querem aliado, nem as ameaças dos contrários; traçaste a tua rota e hás-de segui-la até ao fim,
sem que te desviem as variadas pressões.

Só e constante, mesmo em face do tempo;
os anos que rolam tu os consideras elemento de experiência;
para os homens futuros episódios sem valor;
se eles te abaterem, só terão abatido o que há de menos valioso;
e contribuirão para que melhor se afirme o que puseste como lição da tua vida;
a muitos absorve o actual; mas a ti, que tens como tua grande linha de cultura,
e porventura tua alma, a posse das largas perspectivas,
a hora começando te vê firme e firme te abandona.

Nenhuma estóica rigidez neste teu porte;
antes a compassada lentidão, a facilidade maleável de bom ginasta;
não é por amor da Humanidade que hás-de perder as mais fundas qualidades de homem.

Em tal espelho me revejo,
eu que tomei tua alma incerta e a guiei;
e contemplo como doce oferenda, como a mais bela visão que me poderias conceder,
a clara manhã que já de ti desponta e lentamente progredindo
há-de acabar por embalar o universo nos seus braços de luz.

Agostinho da Silva, in 'Considerações'

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Ilha do Farol :)





Ora digam lá que não é um "pequeno grande Paraíso"!?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

falsidades...

Cada vez mais, me irritam as pessoas pobres de espírito...
será assim tão difícil ser verdadeiro e genuíno?!
será assim tão difícil dizer ao que vêem?!

porque será que são sempre necessários subterfúgios?!....
a minha alma sonhadora e romântica não consegue entender...de um todo! e Recusa-se!